Aromaterapia é o uso medicinal ou terapêutico de óleos essenciais absorvidos pela pele ou pelo sistema olfativo. Quando falamos da aromaterapia em bebês, no entanto, a via inalatória é mais segura, e requer cuidado por parte dos pais para sua administração. Isso porque, mesmo se tratando de substâncias naturais, a prática não está isenta de efeitos colaterais.
Os óleos essenciais utilizados nessa modalidade, portanto, são derivados de plantas ou flores, e são extremamente concentrados. Assim, bastariam uma ou duas gotinhas diluídas em água e colocadas em um difusor para se obter o benefício do bem-estar físico e psicológico.
Nesse post, falamos sobre a segurança da aromaterapia em bebês, cuidados na escolha dos óleos essenciais e benefícios comprovados na literatura científica. Vamos juntos?
A escolha do óleo essencial
A escolha do óleo essencial é uma das partes mais difíceis da aromaterapia na prática. Infelizmente, órgãos de regulação em todo o mundo têm dificuldades em estabelecer parâmetros de qualidade e fiscalização para esse tipo de produto. O resultado? Milhares de marcas vendendo óleos de toda sorte de qualidade e procedência, e deixando o consumidor perdidinho.
Para a nossa sorte, contudo, alguns dos nomes de maior referência no Brasil estão em Minas Gerais e em Belo Horizonte. Mas, como eu vou saber que o óleo é confiável?
Bem, a primeira dica é procurar por marcas bem consolidadas, e que tenham uma política de transparência acerca da proveniência dos extratos, modo de extração e porcentagem de pureza. Lembre-se: óleo essencial para aromaterapia em bebês deve, necessariamente, ser 100% puro. A segunda dica é desconfiar de produtos extremamente baratos, com aroma similar ao de fragrâncias artificiais ou que não contenham o nome científico da planta na embalagem.
Decerto, óleos essenciais não são produtos muito populares. Isso ocorre porque, para produzir 10mL de óleo concentrado, são necessários muitos e muitos quilos de uma planta. Essas plantas medicinais, por sua vez, nem sempre são facilmente encontradas em território nacional, logo, isso tem impacto no preço final da essência.
Os benefícios da aromaterapia em bebês
Assim como a acupuntura, a aromaterapia é usada há séculos, mas existem poucas evidências na literatura científica a respeito dos seus benefícios.
Os motivos para isso são questionáveis: por um lado, ainda existe uma grande resistência por parte da classe médica em aceitar as práticas integrativas complementares como aliadas (nunca substitutas) em um tratamento. Por outro lado, sabemos que tratamentos naturais, de forma geral, não beneficiam a indústria farmacêutica, que é financiadora de muitos grandes estudos na área médica.
No entanto, alguns experimentos em adultos mostraram benefícios da aromaterapia na redução de sintomas psicológicos, como depressão e ansiedade. Esse resultado seria independente da presença de massagem, isto é, a inalação isolada dos óleos com difusor também tem efeito terapêutico.
Já os estudos em bebês, bem mais limitados, sugerem que a inalação de óleo de lavanda francesa, por exemplo, poderia ter um efeito calmante. Outros óleos recomendados para bebês são: óleo de tea tree (melaleuca) e camomila romana. O óleo da lavandim, uma espécie híbrida de lavanda também é usado mas para bebês menores não é recomendado.
Evidências científicas nível A?
Como vimos, não há evidências que endossam muitas das promessas da aromaterapia que vemos por aí. Mas, vale ressaltar que na medicina muito pouco é endossado com evidências profundas. 80% a 90% da atividade médica (exames, procedimentos, medicamentos, terapias) não têm nível A de evidências científicas (melhor nível de evidência) de acordo com o médico Dr. Victor Sorrentino mesmo sendo uma busca constante na medicina.
“A medicina é a arte da incerteza e ciência da probabilidade, uma área de verdades transitórias.” Dr. Victor Sorrentino
Portanto, não é possível afirmar com total certeza os efeitos desses fitoterápicos no tratamento da febre, tosse, congestão, alergias, sintomas de dentição e, sobretudo, de problemas de comportamento. No entanto, é uma terapia milenar e com matéria-primas de muitos remédios não naturais que existem hoje.
O controle da dor pediátrica
O tratamento da dor em crianças é um grande desafio na pediatria. Como se não bastasse os bebês não conseguirem falar o que estão sentindo, medicamentos que são utilizados no manejo da dor em adultos, como sedativos e opióides (drogas que atuam no sistema nervoso para aliviar a dor), podem afetar o desenvolvimento do cérebro dos pequenos.
Além disso, não é raro que a angústia infantil venha de fatores não relacionados diretamente a uma doença e é, principalmente nesse contexto, que as abordagens holísticas são bem-vindas. Estudos mostraram, por exemplo, que crianças tratadas com aromaterapia de lavanda tiveram a dor associada à coleta de sangue aliviadas mais rapidamente.
Em uma outra análise, bebês que fizeram aromaterapia com esse mesmo óleo necessitaram de menos analgésicos para aliviar a dor pós-operatória, além de terem apresentado melhor qualidade do sono.
O que podemos concluir, então?
Concluímos que a aromaterapia tem benefícios na redução da dor pediátrica quando combinada com a terapia convencional de controle da dor, além de ser mas barata e ter menos efeitos colaterais. Portanto, converse sempre com o pediatra do seu filho sobre como a terapia alternativa pode sinergizar com aquilo que ele está prescrevendo.
A segurança da aromaterapia
Aquela história de que “se é natural, não faz mal” já caiu por terra faz tempo. Hoje, sabemos que os fitoterápicos tem sim efeitos colaterais, e que seu abuso, principalmente no que diz respeito à ingestão, pode ser muito nocivo à saúde.
O uso direto, portanto, seja para ingestão ou aplicação tópica sobre a pele não é indicado para as crianças. O ideal, de acordo com a Patrícia da Bottane, farmacêutica especialista em cosmética natural, é que o óleo essencial seja diluído em um óleo vegetal. Até mesmo para adultos devem ser diluídos pois os óleos essenciais são muito concentrados para serem usados diretamente na pele.
Ainda assim, como com o uso de qualquer produto, a mamãe e o papai devem ficar de olho em sinais como vermelhidão, coceira, irritação, lacrimejamento, espirros, vômito, chiado ou mudança de comportamento do bebê. Esses efeitos adversos também podem ocorrer na aromaterapia por inalação, inclusive. Assim, havendo qualquer reação adversa, suspenda imediatamente o uso.
Um guia para o uso seguro de óleos essenciais em bebês:
Na sequência, elencamos os principais cuidados para a realização segura da aromaterapia em bebês, incluindo idade recomendada de início e condições para o armazenamento dos óleos essenciais. Confira:
- a difusão dos óleos essenciais no ar é mais segura que o uso direto na pele;
- acondicione os óleos essenciais em vidros escuros, longe da luz solar e do calor;
- nunca deixe os vidros de óleos essenciais em locais acessíveis ao bebê devido ao risco de ingestão acidental;
- mantenha sempre os óleos afastados dos olhos, nariz e boca do bebê;
- não aplique óleos essenciais em bebês com pele inflamada ou alergias crônicas sem antes consultar o pediatra ou o dermatologista;
- óleos cítricos, como os de limão ou laranja não devem ser aplicados sobre a pele, devido ao risco de queimaduras, erupções cutâneas ou descoloração ao entrarem em contato com a luz solar;
- Se for acrescentar óleos essenciais durante o banho, recomendamos que dilua algumas gotinhas no leite para usar na banheira e assim, ter segurança do uso;
- não adicione óleos essenciais ao alimento do bebê, mesmo que a embalagem garanta a segurança, pois eles podem danificar o revestimento da boca e do trato digestivo;
- ainda que sejam mais baratos não use óleos sintéticos, pois os químicos costumam causar dor de cabeça, irritação da pele e problemas respiratórios.
Óleo essencial para bebês além da aromaterapia
Além da aromaterapia, os óleos essenciais também são usados em cosméticos para serem usados na pele do bebê com efeitos igualmente terapêuticos. Com o objetivo de cuidar dos bebês aumentando o bem-estar dos bebês e família, a Bottane desenvolveu em parceria com a Noeh, uma linha de óleos de cuidado para os bebês feitos com ingredientes naturais e livre de parabenos!
Para auxiliar na limpeza do bumbum nas trocas de fraldas, o óleo de limpeza mistura óleos vegetais e essenciais com propriedades bactericidas e desinfectantes para limpar, proteger, nutrir e reparar a pele delicada do bebê. Pode ser usado em bebês de qualquer idade.
Já o óleo de massagem foi criado para deixar os momentos de muito amor e cuidado entre você e seu bebê ainda mais gostosos, aumentando o vínculo através do toque pele a pele! O óleo corporal Noeh por Bottane promove a nutrição da pele, ajuda a acalmar os ânimos do bebê, além de auxiliar em tratamentos de dermatites, brotoejas, assaduras, coceiras, vermelhidões além de ajudar aliviar cólicas! Indicado para massagens com movimentos de Shantala, para ativar pontos de reflexologia nos pezinhos e para acalmar e hidratar a pele após o banho.
Só isso tudo!
Quanta informação nova, não é?! Pode ter certeza, cada um desses detalhes é essencial para garantir a saúde do seu bebê, principalmente porque há muita informação divergente sobre esse assunto no “reino na internet”.
Grande parte do trabalho da aromaterapia em bebês passa pela confiança na marca que produz os óleos essenciais que você compra. Se você tem certeza de que eles são 100% naturais, saiba também que a aplicação na pele deve ser feita só com produtos manipulados para essa finalidade, já com a diluição certinha.
Agora que já aprendeu bastante sobre aromaterapia e óleos essenciais pra bebês, de resto, é acondicionar bem os óleos, mantê-los longe do acesso das crianças e preferir a utilização em difusor para inalação. A prática mostra benefícios na redução do estresse, melhoria do sono e alívio da dor.
Você já experimentou? Conte-nos se a aromaterapia funcionou no seu bebê aqui nos comentários!
Noeh, tecnologias para cuidar da vida!
Espero que tenham gostado! Se tiver dúvida é só perguntar!
Um abraço apertado, com carinho da Noeh
Referências
- Are Essential Oils Safe for Kids? The NY Times.
- Lakhan SE, Sheafer H, Tepper D. The Effectiveness of Aromatherapy in Reducing Pain: A Systematic Review and Meta-Analysis. Pain Res Treat. 2016;2016:8158693. doi:10.1155/2016/8158693
- Goubet N, Rattaz C, Pierrat V, Bullinger A, Lequien P. Olfactory experience mediates response to pain in preterm newborns. Dev Psychobiol. 2003;42(2):171-180. doi:10.1002/dev.10085
- Soltani, Rasool, et al. “Evaluation of the Effect of Aromatherapy With Lavender Essential Oil On Post-tonsillectomy Pain in Pediatric Patients: a Randomized Controlled Trial.” International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology, vol. 77, no. 9, 2013, pp. 1579-81.
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